«Um re­forço da Au­to­ri­dade para as Con­di­ções do Tra­balho é ne­ces­sário para com­bater a ex­plo­ração», re­a­firmou a União dos Sin­di­catos de San­tarém no dia 7, re­a­gindo à no­tícia de que a ACT e o Ser­viço de Es­tran­geiros e Fron­teiras de­tec­taram 23 tra­ba­lha­dores imi­grantes ile­gais, a tra­ba­lharem em con­di­ções ex­tremas, numa ex­plo­ração agrí­cola em Paços dos Ne­gros, no con­celho de Al­meirim.

A USS/​CGTP-IN con­gra­tulou ambas as en­ti­dades pela sua acção e por «tra­varem mais uma vez o pro­cesso de ex­plo­ração a que es­tavam su­jeitos» aqueles tra­ba­lha­dores, re­cor­dando, no en­tanto, que já a 15 de Junho, como foi no­ti­ciado, ambas as en­ti­dades te­riam de­tec­tado 17 tra­ba­lha­dores imi­grantes ile­gais na mesma ex­plo­ração agrí­cola.

Na nota de im­prensa da USS as­si­nala-se que a ACT e o SEF «estão muito longe de terem as con­di­ções ma­te­riais e hu­manas ne­ces­sá­rias» para com­bater casos de ex­plo­ração como o re­fe­rido, «mas também muitos ou­tros pro­blemas que di­a­ri­a­mente ator­mentam os tra­ba­lha­dores no dis­trito de San­tarém».

A es­tru­tura dis­trital da CGTP-IN, além de in­sistir na exi­gência de re­forço das en­ti­dades fis­ca­li­za­doras, como a ACT, re­clama «a al­te­ração ur­gente da lei, de forma a que esta li­mite e puna, de­vi­da­mente, quem re­corre a tra­ba­lha­dores ile­gais para au­mentar os seus lu­cros», ob­ser­vando que, «no ac­tual quadro po­lí­tico e so­cial, essa deve ser uma pri­o­ri­dade do Mi­nis­tério do Tra­balho».